sexta-feira, 18 de maio de 2018

Quebra-coco, racha-a-cuca


Martela, martela, bate-bate.
Fura, perfura, esburaca essa carcaça que só traça quer habitar.
Um susto suspende o silêncio.
O incessante do barulho impede a concentração.
O que deve fluir, atravanca, na tentativa desconcertada de gritar quando o tom baixo é que pode revelar o que é segredo, o que vem do fundo, o que está dorminhando.
Tudo começou sem aviso prévio. Se negociou sem sentido algum, para nada, só para tentar reconstituir um laço que já estava frouxo. Se estendeu até não se saber mais como conviver.
Paz, paciência, resiliência, adeus.

Simone de Paula – 18/05/2018

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