quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Elementar

A fantasia tem abraços delicados, envolventes.

A fantasia de não ser desejado pelo outro.
A fantasia de não pertencer.
Não ser o que realmente é.

Há um dado inevitável: repetição.
Revivo e 
caio no buraco.
Caio no buraco.
Caio no buraco.

Até o dia que você desvia do buraco.
E segue.

Maria Laura


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