sexta-feira, 1 de setembro de 2017

E de tudo, nada ficou.

Te deixo agora, nessa manhã fria de outono, sabendo que o melhor e o pior que pudemos ter,  já tivemos.
Adorei e odiei você por muito tempo, na esperança de que um dia esses sentimentos opostos pudessem se encontrar na calmaria do amor.
Nada foi em vão, jamais diria isso. Sentir é o que de mais humano posso ter. 
As sensações do corpo, os sentimentos da alma, os sentidos do espírito, guiaram minha razão desnorteada pelos mistérios do desejo e da paixão. Fui mulher no mais íntimo de mim. Te revelei aquilo que só você poderia saber e ainda guardei muitos segredos para os dias que nunca chegarão.
O turbilhão incessante dos meus momentos de vigília calou, abrindo espaço para um vazio há muito esperado. Notei que gostei, mas ainda não queria voltar à mesura que me faz lúcida, polida e educada. Te conservei não por você ou pelo futuro, mas por mim e o passado. 
Hoje decidi, já posso abrir mão, porque tudo que passa pela minha vida, tem apenas esse sentido, ser parte dessa vida.

Simone de Paula - 31/08/2017


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